Tierwulf Caçador da KLG diz: “Prefiro receber menos e lutar por títulos”

“Tierwulf” Mateluna, Caçador da KLG que é bem conhecido pelos fãs brasileiros devido à sua passagem pela Big Gods, em 2016.

tierwulf

LoL Esports

“Tierwulf” Mateluna, Caçador da KLG que é bem conhecido pelos fãs brasileiros devido à sua passagem pela Big Gods, em 2016. Ele falou sobre seu desejo de ser o melhor, comparou alguns aspectos da região brasileira com o LAS, como Gaming House x Gaming Office, e prometeu uma evolução da KLG no torneio. A seguir, confira a entrevista, na íntegra.

LoL Esports BR: Como é estar de volta ao Brasil? Deu pra rever os amigos?

Tierwulf: Voltei! A comida está ótima, pedi delivery trinta vezes em dois dias, tô comendo açaízinho… E voltei ao restaurante perto do CBLoL. A última vez que fui lá foi quando caí com a Big Gods. Então foi bom, tá sendo uma experiência ótima aqui no Brasil.

L: E você tem mantido contato com o pessoal do Brasil?

T: Sim. Eu falo com muitos. Ainda tenho muitos fãs no Twitter, quando eu faço um tweet em português eles ficam comentando, então sim, falo com muita gente, muitos jogadores, tenho muitos amigos.

L: E vocês continuam fazendo scrims e jogando SoloQ aqui no Brasil, né? Por que isso acontece?

T: A razão são os jogadores. No LAS, às vezes demoramos 20, 30 minutos para achar um jogo no Desafiante. No Brasil, ainda no Mestre, dura apenas 10 minutos, no máximo. Outra coisa é que o nível é um pouquinho maior, devido à maior quantidade de jogadores. Hoje em dia acho que a SoloQ é pior do que quando eu jogava na Big Gods, mas ainda assim é bem melhor do que a do LAS. Para treinar, jogamos aqui, enfrentamos os pro players do Brasil.

L: Sempre se fala em rivalidades quando o assunto é Rift Rivals, mas acho curioso. Em tese, a maior rivalidade é entre o LAS e o LAN, mas vocês jogam direto no Brasil. Então vocês estão um pouco no fogo cruzado, no meio do caminho. Como é isso?

T: Eu gostaria muito que a Final fosse a gente contra o Brasil por duas coisas: a primeira é o LAN ficar em terceiro. Além disso, queremos mostrar para o Brasil que a gente pode ser igual ou melhor que eles. Acontece que os times do Brasil treinam contra a gente, e temos 70 ou 80 de ping contra 8. Isso muda muito os match-ups, é difícil treinar assim. O problema do LAS é a mentalidade na hora de treinar. Um treino não é o mesmo nível que vamos enfrentar quando chegamos no palco. Faz muito tempo que não temos torneios assim. O Rift Rivals é bem legal porque conseguimos mostrar nosso nível verdadeiro.

L: Ano passado o Rift Rivals foi em Santiago, Chile. Você sente algum peso de terem perdido em casa, e agora virem aqui para recuperar?

T: Nunca liguei de perder em casa ou fora. Eu só quero ganhar. Quero mostrar que eu sou o melhor.

L: Você sente alguma rivalidade particular com os Caçadores brasileiros? O Revolta, principalmente o Ranger, que jogou contigo na época da Big Gods?

T: Rivalidade com o Ranger não tem porque eu com certeza vou vencer (risos). Brincadeira! Agora sério, eu não respeito muito os junglers dentro do torneio. Acho que são ok, mas muitos estão jogando mal. O Revolta era muito bom na época da Big Gods, mas agora não está no seu melhor momento. Eu não me importo com os Caçadores daqui do torneio. Estou mirando mais alto. Quero ganhar de um Caçador chinês ou coreano.

L: Qual seria o seu ranking de Caçadores na competição?

T: Eu sou o primeiro. Depois é o Oddie (Rainbow7), o terceiro é o SolidSnake (Infinity), depois o Revolta, Ranger e o último é o Rod (Rebirth), do LAS.

L: O Rod estaria em último, e é da sua região. Diria que o LAS não tem um bom leque de Caçadores, ou talvez são vocês da KLG que estão acima do resto da região?

T: Acho que faltam junglers no mundo, não só na minha região. No LAS, LAN, Brasil, acho que não tem muitos junglers, não. Cada região tem só um que se destaca por Temporada, e eu me acho muito acima de todos os outros do LAS. Mas temos que mostrar isso dentro de jogo, como time. Ninguém liga se você é melhor que o outro individualmente se você está perdendo coletivamente.

L: Você voltaria para o Brasil? Porque se você mostrar um bom jogo, outras equipes devem querer te contratar. Se tivesse a oportunidade, gostaria de voltar?

T: Depende de muitas coisas. Agora no LAS eu busco o meu terceiro título. Aqui, eu receberia uma proposta de um time que está abaixo na tabela e seria uma perda de tempo. Prefiro receber um pouco menos e sempre lutar por uma taça. E depois disso tem diversos outros fatores. Os salários do LAS e do Brasil são próximo, não teria uma oferta muito melhor no Brasil. E ainda, a experiência que eu tive falando com muitas fontes aqui, é que o investimento em uma GH é mais baixo. Aqui no Brasil eles não ligam se tem quatro jogadores dividindo um quarto. É normal. No LAS, os jogadores brigam muito por essas coisas. Hoje eu tenho um quarto só para mim. É muito importante quando se joga junto durante bastante tempo. Quando se tem uma escalação junta há dois anos, você tem que ter essas coisas para evitar brigas, para aumentar a vida útil do time. A única coisa que me faria voltar para o Brasil são os fãs e a possibilidade de desenvolver a carreira para algo a mais. Hoje no LAS, se você se aposenta você fica sem nada. Aqui há a oportunidade de se envolver em muitos trabalhos e está mais profissionalizado nesse sentido.

[su_feed url=”https://www.hardwarelivre.com.br/feed/” limit=”4″]

L: No Brasil parece que estamos começando uma mudança de Gaming House para Gaming Office, com o Flamengo. No LAS tem alguma coisa nesse sentido?

T: No LAS a gente teve a oportunidade de fazer isso, mas falei para o meu chefe que era melhor morarmos juntos, mas em quartos separados. Isso funciona na América do Norte. Você tem um manager para os jogadores, uma staff prestando assistência, então o jogador só precisa jogar. Eles fazem a comida, limpam os quartos, fazem tudo. Aqui no Brasil você tem que manter as coisas arrumadas, tem que cozinhar, então é tempo que você perde, seja ele de treino ou de descanso. Então pra mim o Gaming Office é bom se você investe os recursos. Mas se você só vai até a metade do caminho, eu prefiro ter uma GH bem estruturada. Porque é mais trabalho: inevitavelmente, quando você deixa um jogador sozinho, ele tem que ter mais responsabilidade. Aí depende muito. Se você coloca um cara de 17 anos, ele só vai fazer merda. Mas comparando com um cara tipo o brTT, que já tem uma vida adulta firmada, é bem diferente.

L: Agora, sobre a rivalidade no RR. Obviamente os fãs do LAN e do Brasil esperam que suas regiões vençam, e queria saber se acontece o mesmo com o LAS.

T: A gente criou um hype com nossas atuações regionais, então os fãs querem. Mas eles não esperam muito da gente porque nunca ganhamos nada. Eu não ligo para a pressão, só quero ganhar e mostrar que eu sou o melhor. O foco agora é passar a fase Md1 em primeiro ou segundo, ir direto para a Final ou escolher o lado. É muito melhor quando você joga uma Md5, tem mais tempo para adaptar e corrigir os erros. Durante a Md1, você pode cometer algum erro no draft ou no jogo e sofrer um atropelo, e daí não sabe o nível verdadeiro do time.

L: E mesmo se você perder todas, você ainda joga no sábado. Tem espaço para testar coisas, aquecer. Qual seu pensamento sobre o formato?

T: Tem coisas boas e ruins. Testamos uma comp contra a Infinity, eu provei o Aatrox para ver como ele estava. Tem muitas coisas que estamos pensando, e com o tempo vamos crescer bastante. Isso o meu time. Não sei se os outros vão ficar mais fracos, se já mostraram todos os segredos no primeiro dia, ou se tem mais alguém testando as coisas. O primeiro dia é a briga dos fãs. O segundo e terceiro vão mostrar qual time é melhor de verdade.

17h – Infinity eSports (LLN) x (CLS) Rebirth eSports
18h – Vivo Keyd (CBLoL) x (LLN) Rainbow7
19h – KaBuM! e-Sports (CBLoL) x (LLN) Infinity eSports
20h – Kaos Latin Gamers (CLS) x (CBLoL) Vivo Keyd
21h – Rebirth eSports (CLS) x (CBLoL) KaBuM! e-Sports
22h – Rainbow7 (LLN) x (CLS) Kaos Latin Gamers


Fonte: LOLEsports

Sair da versão mobile